Em nota, a Caixa diz que o corte é
reflexo da diminuição da taxa básica de juros (Selic), que foi reduzida para
14% ao ano pelo Banco Central, em outubro
As taxas de juros do crédito imobiliário com recurso de poupança
da Caixa vão
ficar mais baratas a partir de quarta-feira, 9.
O banco anunciou nesta terça-feira (8)
que reduzirá em 0,25 ponto porcentual ao ano todas as taxas para pessoas
físicas que financiaram imóveis novos ou usados enquadrados no Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), independentemente do relacionamento
com a instituição.
Neste ano, a
Caixa aumentou os juros do crédito imobiliário em março, depois de ter feito
três reajustes em 2015.
A redução
desta terça deve ser seguida pelos demais bancos, já que a Caixa, principal
fornecedor de imóveis do País (com quase 67% de participação no mercado
imobiliário), serve de piso para os concorrentes.
Em nota, a
Caixa diz que o corte é reflexo da diminuição da taxa básica de juros (Selic),
que foi reduzida para 14% ao ano pelo Banco Central, em outubro.
“O objetivo é
contribuir para alavancagem de vendas de imóveis novos de construtoras parceiras
e, consequentemente, atrair novos clientes para a instituição, com condições
especiais no crédito imobiliário”, informou o banco.
A Caixa
reservou R$ 93 bilhões para o crédito habitacional em 2016, dos quais R$ 66,2
bilhões foram aplicados. A expectativa do banco é aplicar R$ 26,8 bilhões até o
fim do ano.
Sob o comando
de Gilberto Occhi, que assumiu no governo Michel Temer, a Caixa adotou uma
série de medidas para incentivar o setor da construção.
Para as
famílias, o banco dobrou o limite de financiamento dos imóveis de R$ 1,5 milhão
para R$ 3 milhões, e aumentou o porcentual que pode ser financiado.
Às
construtoras, destinou R$ 10 bilhões ao reabrir uma linha específica e passou a
permitir que as operações sejam fechadas com 80% de execução das obras. Também
reformou a linha Construcard, que financia materiais de construção.
As novas taxas
variam conforme o grau de relacionamento do cliente com a Caixa. Para clientes
que não são correntistas do banco, a taxa pelo Sistema Financeiro Imobiliário
(SFI), por exemplo, cairá de 12,5% ao ano para 12,25%.
No caso de
servidor que recebe salário pela Caixa, a taxa será reduzida para 10,75%, ante
11% ao ano.
Para os
financiamentos enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a taxa
balcão para quem não tem relacionamento com o banco cairá de 11,22% para 11%.
Os juros dos servidores públicos que recebem na Caixa serão de 9,7%, ante 10%
ao ano.
Para clientes
que adquirirem imóveis novos ou na planta, cuja construção tenha sido
financiada pela Caixa, e fizerem a opção de receber o salário pelo banco, serão
cobradas taxas iguais às oferecidas aos servidores públicos.
As taxas de
juros passarão de 11,22% ao ano para 9,75% ao ano, para os imóveis no SFH, de
12,5% ao ano para 10,75% ao ano, para imóveis enquadrados no SFI.
O limite do
SFH para imóvel residencial é R$ 650 mil, para todo país, exceto para Rio de
Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde é de R$ 750 mil. Os
imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.
Além da
redução de juros, a Caixa diminuiu o limite mínimo de financiamento com
recursos da poupança de R$ 100 mil para R$ 80 mil. O novo piso vale tanto para
imóveis novos como usados, dentro do SFH ou SFI.
Para as
empresas, a Caixa reduzirá a taxa de juro sem todas as faixas de
relacionamento. As taxas para micro e pequenas empresas (MPE) cairão de 14%
para 13%, e para médias e grandes, de 13,5% para 12,5%.
Para imóveis
enquadrados no SFI, o banco modificou a remuneração do Correspondente Caixa
Aqui (exceto repasses), padronizando em 1% o valor do financiamento, com limite
de R$ 2 mil nas operações do FGTS e sem limite para o SBPE.
A Caixa ainda
realizou uma série de ajustes para empresas que pretendem financiar a
construção de empreendimentos pelo banco (Apoio à Produção), dentro do SBPE.
O prazo do
produto foi elevado para 36 meses, com carência de um ano pós-obra e
possibilidade de acréscimo de 25% sobre a obra a executar.
Fonte: Estadão Conteúdo
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