quarta-feira, 21 de junho de 2017

Sites comparam custo do financiamento imobiliário

Você quer comprar a casa própria, mas não sabe por qual banco financiar? Veja onde é possível comparar as condições


Você economizou e investiu durante um bom tempo e, agora, quer utilizar o dinheiro para dar entrada na compra financiada da casa própria? Calma, é preciso pesquisar muito bem antes de assinar o contrato, já que ele vai representar um casamento com uma dívida durante vinte, trinta anos da sua vida.

A primeira coisa que você precisa estar atento é com o custo efetivo total (CET) de cada operação. Ele representa não somente a taxa de juros do empréstimo que você pretende tomar, mas também todos os custos que serão embutidos nas prestações, como o seguro, por exemplo.

A primeira coisa que você precisa estar atento é com o custo efetivo total (CET) de cada operação. Ele representa não somente a taxa de juros do empréstimo que você pretende tomar, mas também todos os custos que serão embutidos nas prestações, como o seguro, por exemplo.

“Os brasileiros geralmente escolhem o crédito pela taxa de juros. Isso é errado. Especialmente no financiamento imobiliário, os bancos podem diminuir a taxa, passando a sensação de um crédito mais barato, mas depois o valor do seguro é bem alto. Por isso é imprescindível comparar o CET”, explica Marcelo Prata, fundador dos sites Canal do Crédito e Resale.

Uma resolução do Banco Central obriga todos os bancos a apresentar o CET das operações de crédito. “O que o consumidor deve ficar atento é se o banco não está praticando venda casada. Ele pode te oferecer uma taxa de juros menor se você quiser ter outros produtos financeiros além do financiamento, mas o que ele não pode é te obrigar a tê-los para poder liberar o crédito”, alerta Prata.

Saber o CET de cada operação também é importante para ter uma noção de quanto dinheiro você precisará ter para pagar o financiamento, e se isso cabe no seu bolso. “Muitas pessoas dizem que preferem pagar a prestação de um financiamento do que um aluguel, mas só têm 30% do valor do imóvel para dar de entrada. Com esse dinheiro de entrada, as parcelas custarão cerca de três vezes o valor de um aluguel do mesmo imóvel. Não adianta tomar um crédito que você não vai conseguir pagar lá na frente.”

Para ajudá-lo na missão de encontrar o melhor financiamento para sua casa própria, seguem abaixo duas plataformas online que fazem a comparação do custo efetivo total de operações de crédito imobiliário em diversos bancos, de acordo com a quantidade de dinheiro que você tem disponível para entrada e o prazo em que pretende pagar a dívida.

Canal do Crédito

O  site Canal do Crédito  simula o custo do financiamento de imóvel residencial, comercial e de terreno. Para isso, é preciso preencher alguns dados como valor do imóvel pretendido, tamanho da entrada, renda familiar, data de nascimento e cidade onde pretende comprar o imóvel.

A plataforma busca nos cinco maiores bancos do país (Caixa, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil) quais seriam as condições para o empréstimo, de acordo com as suas necessidades. A ferramenta mostra a taxa de juros, o sistema de, o CET, a primeira e a última prestação e a renda necessária para obter o crédito.

“É importante que o consumidor utilize essas informações como base para sua pesquisa. O ideal é que, ao identificar as opções mais interessantes no site, ele vá até uma agência de cada banco e peça a aprovação do crédito. Pode ser que ele tenha uma nota de crédito muito boa na instituição e, por isso, as condições do financiamento ficam ainda melhores”, diz Prata.

É importante ressaltar que, apesar de fazer a comparação do custo do financiamento imobiliário entre os bancos, o site Canal do Crédito não permite que o usuário contrate o empréstimo através de sua plataforma. Então, após escolher a instituição pela qual pretende financiar seu imóvel, será preciso procurar uma agência do banco escolhido para solicitar a operação.

Melhortaxa

No site Melhortaxa, você também consegue simular os custos do financiamento imobiliário ou do refinanciamento imobiliário, que é o crédito com garantia do imóvel. A plataforma apresenta todas as condições detalhadas, como taxa de juros, CET, seguro e valor das prestações.

Diferente do Canal do Crédito, no Melhortaxa é possível simular o custo da operação também em bancos médios e pequenos. A plataforma utiliza informações de 20 instituições financeiras de todo o país. É importante ressaltar, no entanto, que o financiamento em grandes bancos costuma ser mais acessível, já que essas instituições têm mais facilidade de captar recursos (os bancos públicos, por exemplo, têm linhas de crédito que utilizam recursos do FGTS).

Outra diferença é que no Melhortaxa o usuário pode solicitar o crédito diretamente na plataforma do site, sem precisar procurar, em um primeiro momento, o banco pelo qual pretende tomar o empréstimo. Mas é preciso ficar atento porque em uma consulta direta na agência do banco é possível que você consiga condições ainda melhores do que as apresentadas pelo site.

“É importante ressaltar que todo o processo de comparação é feito gratuitamente. O usuário precisa dessas informações para tomar a decisão e tudo tem que ser feito com calma, com os pés no chão, já que esta pode ser uma das decisões mais importantes da vida dele. Ele vai estar comprometido com esta dívida durante anos”, diz Rafael Sasso, co-fundador do Melhortaxa.

Fonte: Anderson Figo, Exame

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Pela 1ª vez no ano, Caixa reduz juro para financiar casa própria

Em nota, a Caixa diz que o corte é reflexo da diminuição da taxa básica de juros (Selic), que foi reduzida para 14% ao ano pelo Banco Central, em outubro
As taxas de juros do crédito imobiliário com recurso de poupança da Caixa vão ficar mais baratas a partir de quarta-feira, 9.
O banco anunciou nesta terça-feira (8) que reduzirá em 0,25 ponto porcentual ao ano todas as taxas para pessoas físicas que financiaram imóveis novos ou usados enquadrados no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), independentemente do relacionamento com a instituição.

Neste ano, a Caixa aumentou os juros do crédito imobiliário em março, depois de ter feito três reajustes em 2015.
A redução desta terça deve ser seguida pelos demais bancos, já que a Caixa, principal fornecedor de imóveis do País (com quase 67% de participação no mercado imobiliário), serve de piso para os concorrentes.
Em nota, a Caixa diz que o corte é reflexo da diminuição da taxa básica de juros (Selic), que foi reduzida para 14% ao ano pelo Banco Central, em outubro.
“O objetivo é contribuir para alavancagem de vendas de imóveis novos de construtoras parceiras e, consequentemente, atrair novos clientes para a instituição, com condições especiais no crédito imobiliário”, informou o banco.
A Caixa reservou R$ 93 bilhões para o crédito habitacional em 2016, dos quais R$ 66,2 bilhões foram aplicados. A expectativa do banco é aplicar R$ 26,8 bilhões até o fim do ano.
Sob o comando de Gilberto Occhi, que assumiu no governo Michel Temer, a Caixa adotou uma série de medidas para incentivar o setor da construção.
Para as famílias, o banco dobrou o limite de financiamento dos imóveis de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões, e aumentou o porcentual que pode ser financiado.
Às construtoras, destinou R$ 10 bilhões ao reabrir uma linha específica e passou a permitir que as operações sejam fechadas com 80% de execução das obras. Também reformou a linha Construcard, que financia materiais de construção.
As novas taxas variam conforme o grau de relacionamento do cliente com a Caixa. Para clientes que não são correntistas do banco, a taxa pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), por exemplo, cairá de 12,5% ao ano para 12,25%.
No caso de servidor que recebe salário pela Caixa, a taxa será reduzida para 10,75%, ante 11% ao ano.
Para os financiamentos enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a taxa balcão para quem não tem relacionamento com o banco cairá de 11,22% para 11%. Os juros dos servidores públicos que recebem na Caixa serão de 9,7%, ante 10% ao ano.
Para clientes que adquirirem imóveis novos ou na planta, cuja construção tenha sido financiada pela Caixa, e fizerem a opção de receber o salário pelo banco, serão cobradas taxas iguais às oferecidas aos servidores públicos.
As taxas de juros passarão de 11,22% ao ano para 9,75% ao ano, para os imóveis no SFH, de 12,5% ao ano para 10,75% ao ano, para imóveis enquadrados no SFI.
O limite do SFH para imóvel residencial é R$ 650 mil, para todo país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde é de R$ 750 mil. Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.
Além da redução de juros, a Caixa diminuiu o limite mínimo de financiamento com recursos da poupança de R$ 100 mil para R$ 80 mil. O novo piso vale tanto para imóveis novos como usados, dentro do SFH ou SFI.
Para as empresas, a Caixa reduzirá a taxa de juro sem todas as faixas de relacionamento. As taxas para micro e pequenas empresas (MPE) cairão de 14% para 13%, e para médias e grandes, de 13,5% para 12,5%.
Para imóveis enquadrados no SFI, o banco modificou a remuneração do Correspondente Caixa Aqui (exceto repasses), padronizando em 1% o valor do financiamento, com limite de R$ 2 mil nas operações do FGTS e sem limite para o SBPE.
A Caixa ainda realizou uma série de ajustes para empresas que pretendem financiar a construção de empreendimentos pelo banco (Apoio à Produção), dentro do SBPE.
O prazo do produto foi elevado para 36 meses, com carência de um ano pós-obra e possibilidade de acréscimo de 25% sobre a obra a executar.


 Fonte: Estadão Conteúdo

Venda de imóveis em agosto tem 1ª alta em 13 meses

Foram negociadas 9,271 mil unidades, o que representa um pequeno avanço de 1,4% na comparação com as vendas de agosto de 2015

Após 13 meses consecutivos de queda, o mercado imobiliário nacional registrou aumento nas vendas em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Foram negociadas 9,271 mil unidades, o que representa um pequeno avanço de 1,4% na comparação com as vendas de agosto de 2015, de acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).
A pesquisa considera dados fornecidos por 19 incorporadoras de grande porte, com presença em diversas regiões, e associadas à Abrainc.
No acumulado do ano até agosto de 2016, as vendas somaram 67.069 unidades, queda de 11,3% frente ao volume observado no mesmo período de 2015. Já nos últimos 12 meses, foram vendidas 103.675 unidades, volume 13,3% inferior ao total de vendas do período precedente.
Foram lançadas 4.611 unidades em agosto de 2016, o que representa um aumento de 70% frente ao volume lançado no mesmo mês de 2015.
No acumulado de 2016, os lançamentos totalizaram 38.586 unidades, volume 18,5% superior ao observado no mesmo período de 2015. Considerando os últimos 12 meses, o total lançado (70.039 unidades) representa um aumento de 4,3% face ao observado no período precedente.
Entregas e Oferta
Em agosto de 2016 foram entregues 10.633 unidades, o que corresponde a um aumento de 13,8% frente ao número de unidades entregues em igual etapa de 2015.
No acumulado de 2016 até agosto, as entregas totalizaram 86.198 unidades, volume 2,6% superior ao observado na mesma base de 2015. Já nos últimos 12 meses, as entregas atingiram 128.656 unidades, volume 18,0% inferior ao total de entregas no período precedente.
Ao final de agosto de 2016, as empresas disponibilizavam 116.211 unidades para compra. No mesmo período, foi vendido o equivalente a 7,7% da oferta do mês, porcentual que representa uma queda de 0,5 p.p. face ao porcentual calculado para agosto de 2015 (8,2%).
Com isso, estima-se que a oferta final de agosto seja suficiente para garantir o abastecimento do mercado durante 13 meses, mantido o ritmo de vendas do mês (9,3 mil unidades/mês).
Distratos
Em agosto de 2016, houve o distrato de 3.754 unidades, o que representa um aumento de 2,8% frente ao número absoluto de distratos observados em agosto de 2015.
No acumulado de 2016 até agosto, o total de distratos foi de 30.321 unidades, patamar 3,9% inferior ao observado até agosto de 2015. Nos últimos 12 meses, foram distratadas 46.268 unidades, alta de 1,7% face ao total de distratos observados no período precedente.
Fonte: Beth Moreira - Exame


Preços dos imóveis voltaram ao patamar de 2008

Executivo da Ourinvest, que tinha abandonado o mercado imobiliário, afirma que os preços estão atrativos e é hora de voltar

Quase cinco anos depois de ter vendido, junto com seus ex-sócios, por cerca de R$ 1 bilhão, a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE) para o grupo Pan e para o BTG Pactual, a Ourinvest está de volta ao financiamento independente de crédito imobiliário no Brasil.
A cláusula de “não competição”, imposta aos ex-donos da BFRE, já venceu. O momento de baixa no mercado, com restrição de crédito a construtoras e queda nos preços dos imóveis, mostra que é hora de voltar ao setor, disse o executivo da companhia, Nelson Campos (foto), em entrevista ao Estado na semana passada:
Por que voltar ao ramo imobiliário?
Se tivemos uma história vencedora no passado, agora é hora de reeditar essa história. O mercado está demandando alternativas de financiamento em função de os bancos estarem mais restritivos. As empresas precisam de uma alternativa. Então, o desenvolvimento vai passar pela securitização. Além disso, esse é um bom momento (para retornar), pois os imóveis voltaram ao preço de 2008.
Mas não tem muita incorporadora em dificuldade? Não é um risco elevado?
Óbvio que tem, mas aí entra nossa expertise. Os acionistas que tinham a inteligência da BFRE estão todos aqui.
O que é uma securitização?
Se você compra um imóvel com a construtora “x” e financia em 100 meses, a construtora pode usar esse contrato do seu pagamento mensal para levantar dinheiro com investidores e, assim, adiantar o seu pagamento e desenvolver novos empreendimentos, por exemplo.
Já fizeram operações neste ano?
A reestreia foi com a Tecnisa, numa operação de R$ 90 milhões. Já temos três outras, no total de R$ 200 milhões. Para 2017, esperamos fazer R$ 800 milhões. Vemos ter demanda pelo lado do investidor e devemos lançar fundos imobiliários. Outro negócio da securitizadora será o agronegócio. Fizemos já neste ano uma operação de R$ 600 milhões com Certificado de Recebíveis Agrários (CRA) da Duratex.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cresce procura por imóveis de quatro dormitórios em SP

Buscas por imóveis grandes, de quatro dormitórios, cresceu 11% de janeiro a setembro, comparado com 4% no mesmo período do ano passado

A retração do mercado imobiliário ocasionada pelo desemprego e perda de renda dos brasileiros não é um comportamento uniforme entre todas as classes sociais.
Um levantamento exclusivo para o Estado do portal de classificados online Zap mostra que as buscas por imóveis de quatro dormitórios na Grande São Paulo acumulam crescimento de 11% de janeiro a setembro deste ano. De 2014 para 2015, o interesse havia avançado bem menos: 4%.
“O desemprego está muito alto, mas quando você faz um corte por renda você verifica que, nas classes mais altas, a desocupação tende a ser menor. Além disso, a liberação de crédito para esse perfil de alta renda é mais fácil”, afirma Eduardo Schaeffer, CEO do Zap.
Ele ainda lembra que a Caixa Econômica Federal aumentou recentemente o valor máximo de financiamento de imóveis pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões.
Segundo ele, o movimento do banco estatal pode servir de pressão para que as instituições privadas, se houver aumento da demanda, também passem a trabalhar nessa faixa.
Os resultados do estudo ainda sugerem que agora pode ser a hora de encontrar oportunidades de barganha nesses imóveis maiores antes de uma nova pressão nos preços.
Isso acontece porque há um descompasso entre o aumento da procura e os lançamentos dessas unidades nos últimos quatro anos.
De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), a participação dos imóveis de quatro dormitórios no total de unidades lançadas vem perdendo espaço. Em 2013, eles representaram 5% os lançamentos e, neste ano, apenas 2%.
“Com a demanda em alta e a oferta em baixa, a tendência é que esses imóveis fiquem mais caros”, afirma o estudo do Zap.
O levantamento ainda mostra que a valorização do metro quadrado nos imóveis de quatro dormitórios está desacelerando. A alta foi de 7% de 2014 para 2015 e só de 2% na comparação deste ano com 2015.
Schaeffer também destaca que, com novo Plano Diretor de São Paulo, a tendência é que diminua o potencial de construção para terrenos comprados fora dos Eixos de Estruturação Urbana. O efeito disso é que os empreendimentos maiores tendem ficar cada vez mais e caros.
O bairro paulistano de Moema é o que reúne a maior quantidade de imóveis de quatro dormitórios, seguido por Campo Belo, Morumbi, Perdizes e Higienópolis.
O estudo levou em conta dados anuais de 2013 a 2015 e uma projeção para 2016 com base nas informações de janeiro a setembro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.