A Caixa anunciou nesta terça-feira (8) que irá aumentar o
teto para financiamento de imóveis usados de 50% para 70% para trabalhadores
privados e de 60% para 80% para trabalhadores públicos. Os novos tetos passam a
vigorar a partir do dia 24 de março.
O banco havia reduzido o limite para financiamento de imóveis
usados há quase um ano. A partir do novo anúncio, o valor máximo para
financiamento de imóveis usados foi totalmente restabelecido para trabalhadores
públicos e parcialmente restabelecido para trabalhadores privados, tanto no
Sistema Financeiro de Habitação (SFH) como no Sistema de Financiamento
Imobiliário (SFI).
São enquadrados no SFH financiamentos de imóveis de até 750
mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito
Federal, e de até 650 mil reais nos outros estados. Já o SFI engloba
financiamentos de imóveis de mais de 750 mil reais nos estados de São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e de mais de 650 mil reais
nos outros estados.
Até maio do ano passado, trabalhadores privados podiam
financiar até 80% do valor de imóveis usados pelo SFH e 70% pelo SFI na Caixa.
A partir de maio, esse teto foi reduzido para 50% do valor do imóvel no SFH e
40% no SFI. Agora, esses trabalhadores poderão financiar até 70% do valor do
imóvel usado pelo SFH e até 60% pelo SFI.
Já trabalhadores públicos podiam, até maio do ano passado,
financiar até 80% do valor de imóveis usados pelo SFH e até 70% pelo SFI. A
partir de maio de 2015, os limites passaram a ser de até 60% no SFH e até 50%
no SFI. Agora esses trabalhadores poderão voltar a financiar até 80% do valor
do imóvel usado no SFH e até 70% no SFI.
As mudanças valem para financiamentos pelo Sistema de
Amortização Constante (SAC), o mais utilizado no mercado e no qual as parcelas
do financiamento são decrescentes ao longo do tempo. No caso de financiamentos
pela Tabela Price, com parcelas fixas, os tetos para financiamento de imóveis
usados se mantêm tanto no caso de trabalhadores privados como trabalhadores
públicos, pelo SFH e pelo SFI.
Linha mais barata
A Caixa já havia anunciado que irá voltar a oferecer o
financiamento de imóveis pela linha Pró-cotista. A linha utiliza recursos do
FGTS e é mais barata do que os financiamentos enquadrados no SFH, com taxas de
juros que variam de 7,85% a 8,85% ao ano para a compra de imóveis de até 750
mil reais.
Para ter acesso a Pró-Cotista FGTS, é necessário ter
contribuído ao FGTS por mais de três anos, consecutivos ou não, na mesma
empresa ou em empresas diferentes.
Caso o tomador do crédito se enquadre nessa exigência, a
conta vinculada ao fundo deve estar ativa, ou seja, o trabalhador deve estar
empregado e realizar atualmente contribuições mensais ao FGTS.
A linha só é concedida para tomadores com contas inativas -
que estejam desempregados ou que não estão contribuindo ao FGTS por estar
trabalhando sob outro regime de trabalho, por exemplo - caso o saldo do FGTS
seja equivalente a pelo menos 10% do valor do imóvel.
Segundo imóvel
O banco também reabriu a possibilidade de financiamento de um
segundo imóvel com recursos da poupança (SBPE), que havia sido suspensa no ano
passado. Dessa forma, o banco dá a opção ao cliente de ter dois imóveis
financiados até que consiga vender um deles, por exemplo.
O benefício não vale para a linha Pró-Cotista FGTS e nem para
imóveis enquadrados no programa de habitação popular Minha Casa Minha Vida.
Fonte: Marília Almeida (Exame)
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